Identidades constituídas no e pelo local memórias e histórias da cidade de Florianópolis (1930-1950)
Resumen
Este artigo é recorte de pesquisa sobre práticas da infância na cidade de Florianópolis (SC), de 1930 a 1950, por meio de entrevistas com quinze antigos moradores tendo idade entre 70 e 90 anos. Objetiva apresentar a confluência entre memórias, histórias e identidades, reconhecida nos sentidos da experiência dos tempos de infância. Certeau (2009) é a lente teórica na compreensão das práticas; Benjamin (1994) dos sentidos da experiência que constituem a realidade vivida no processo entre lembrança e esquecimento; e, Pollak (1992) da relação entre memória e identidade. Os entrevistados, na maior parte das vezes, não se reconhecem nas narrativas da história oficial e/ou epopeica e assim se veem desprovidos de seus direitos às memórias, histórias e bens coletivos de uma cidade que se transformou. A infância que se apropria da cidade e seus sentidos, travando múltiplas relações, é também sujeito de sua própria história e, na contemporaneidade, essa infância de outrora conta a história de dois tempos: do presente e do passado.